O papel do RI em tempos incertos
A Mundo Corporativo apresenta a pesquisa da Deloitte em parceria com o Instituto Brasileiro de Relação com Investidores (IBRI), que aborda como as instabilidades do ambiente de negócios atual exigem que o profissional de Relações de Investidores atue diretamente na preservação do valor das empresas.
Agosto 2020A pesquisa “O RI como o guardião do valor em tempos de crise”, realizada pela Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Relação com Investidores (IBRI), revela que a Covid-19 intensificou a demanda por informações tempestivas e de qualidade, estimulando o RI a atuar de forma mais decisiva e estratégica nas respostas aos investidores.
Em sua 13ª edição, o levantamento contou com a participação de representantes das áreas de RI e finanças de 63 empresas e abordou as práticas, tendências e principais desafios do RI, bem como o impacto da pandemia da Covid-19 sobre a função.
O estudo indica que, durante a crise, os principais desafios dos RIs se concentraram em como atender às demandas dos stakeholders por informações frente às incertezas, além de acelerar a incorporação de processos tecnológicos às suas atividades para responder com agilidade aos investidores. Oitenta e um por cento dos entrevistados afirmaram atender positivamente às novas demandas de informação, enquanto 71% declararam já utilizar esse modelo desde o ano anterior à pandemia.
Nesse contexto, novos formatos de reporte (22%) e desenvolvimento de canais próprios de comunicação com pequenos investidores (13%) foram algumas das soluções implementadas pelas áreas de RI pesquisadas durante a crise do novo coronavírus.
A necessidade de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a adoção de indicadores de responsabilidade social e ambiental (ESG) são outros pontos relevantes nas ações dos RIs antes e durante a crise. O estudo destaca que 48% das organizações se adequaram à LGPD, porém destacam que os principais desafios são estabelecer uma governança nos bancos de dados (45%) e garantir a privacidade, de fato (36%). As iniciativas de ESG têm a adoção e o acompanhamento de 46% dos respondentes.
A crise reforçou a avaliação de tendências futuras para as funções dos RIs, principalmente no campo tecnológico. As Iniciativas digitais tendem a ganhar um espaço significativo. As novas perspectivas incluem webcasts, aplicativos, plataformas digitais para educação financeira, chatbots, bem como a diminuição de eventos presenciais. Noventa e quatro por cento dos entrevistados veem com otimismo a realização de assembleias virtuais com os acionistas.
Edições anteriores
Confira aqui o histórico de estudos realizados pela Deloitte, em parceria com o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), que retratam os principais temas e desafios relativos à atuação dos profissionais de Relações com Investidores no Brasil.