Agenda 2021
Pesquisa da Deloitte mostra as expectativas do empresariado brasileiro para suas organizações no próximo ano.
Dezembro 2020A pesquisa “Agenda 2021: Recuperação, sustentação e o legado para os negócios” – realizada pela Deloitte entre 10 e 24 de novembro – aborda o impacto da Covid-19 nos negócios, além de analisar as expectativas do mercado em relação à recuperação da economia e das organizações. O levantamento considerou os pontos de vistas de 663 empresas de 36 segmentos econômicos, cuja soma das receitas totalizaram 1,2 trilhão no último ano. Do total de respondentes, 65% são CXOs.
No âmbito de recuperação dos negócios, ao longo da crise, grande parte das empresas traçou prioridades, promoveu adaptações ou realizou investimentos para responder às demandas do momento, além de buscar eficiência em suas operações. Apesar do otimismo e, de quase a totalidade dos entrevistados refletir que 2021 será um ano de crescimento, a maior parte dos entrevistados (4 em cada 5) não acredita que o Brasil vai atingir em 2021 um nível superior de atividade econômica em relação ao pré-crise.
Para o restabelecimento da normalidade, as empresas destacam que devem aumentar o quadro de funcionários (44%) – em uma tentativa de recompor os postos de trabalho perdidos durante a pior fase. Entre os executivos que pretendem diminuir ou promover substituições em seu quadro de funcionários (32%), a maior parte fará isso visando atrair profissionais mais qualificados ou priorizar a robotização e a automatização de processos e funções.
O isolamento social exigiu que empresas adotassem a virtualização para a continuidade dos negócios – como foi o caso dos canais de venda e a força de trabalho. Essa realidade levou à necessidade de ampliar e investir em tecnologia e, consequentemente, redobrar a atenção em questões ligadas à segurança cibernética e à conformidade da gestão de dados.
Quarenta por cento dos respondentes praticaram vendas online durante a pandemia, enquanto 85% adotaram trabalho remoto no período. Mais da metade (51%) ampliou investimentos em infraestrutura tecnológica em plena crise. Em 2021, 56% esperam aumentar os aportes em segurança digital e 84% vão criar ou ampliar treinamentos e formações de seus profissionais.
A pesquisa aponta que as empresas vêm estruturando planos de governança ambiental, social e corporativa (ESG), mas que o tema é um desafio para grande parte das organizações. A adequação à LGPD é outra prioridade: apenas 38% das empresas afirmaram estar totalmente preparadas para atender à regulamentação, à época de sua entrada em vigor.
Outras ações prioritárias no próximo ano para o fomento ao empreendedorismo são estímulos à ampliação na oferta de crédito às empresas (69%), melhora do apoio às micro e pequenas empresas (68%), incentivo à adaptação da transformação digital (58%) e aprimoramento de processos de abertura e fechamento de empresas (45%).