Fontes de informação e tendências
Hábitos na telefonia móvel, evolução da liderança em tecnologia da informação e transformação digital nas organizações biofarmacêuticas são alguns dos destaques desta edição.
Junho-Agosto | 2019Smartphone segue como o preferido dos brasileiros
Pesquisa da Deloitte indica que 92% dos entrevistados utilizam o celular e metade deles pretende migrar para o 5G tão logo esta tecnologia esteja disponível
Usar o celular é um hábito mais do que consolidado pelos brasileiros e descobrir o que fazem e esperam os usuários do País e de todo o mundo em relação ao mercado da telefonia móvel foi o objetivo da “Global Mobile Consumer Survey 2018”. O estudo, produzido pela Deloitte, foi realizado em 21 países e entrevistou mais de 40 mil pessoas de faixa etária entre 18 e 55 anos. No Brasil, 2 mil consumidores participaram do levantamento. O smartphone segue no posto de mais usado pelo brasileiro (92%), seguido do notebook (70%).
Os resultados da pesquisa mostraram também que a utilização de dispositivos móveis entre homens e mulheres é considerada equivalente. O que difere é o uso de aparatos que acompanham os smartphones, como os aplicativos de mensagens instantâneas, que são mais acessados por mulheres (83%) do que pelos homens (76%); e a utilização frequente de fitness band por homens (61%) em relação às mulheres (51%).
O estudo questionou ainda o uso do celular nos ambientes profissional e pessoal. Entre os entrevistados brasileiros, 60% afirmam utilizar os smartphones para fins profissionais fora do horário regular de trabalho, enquanto 76% dizem consultá-los para questões pessoais durante o expediente.
Em relação à quinta geração da internet móvel – a rede 5G –, praticamente metade dos consumidores (46%) declarou a intenção de migrar para esta tecnologia assim que ela esteja disponível. Em uma análise geográfica, a região Norte do País é que apresenta mais interesse nesse ponto (58%).
Para a sócia-líder da indústria de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte, Márcia Oqawa, “tratar de telefonia móvel no Brasil é falar de um país continental e regulamentado, repleto de oportunidades e com um povo apaixonado pela conectividade, como pode ser visto nos expressivos – e, por vezes, até curiosos – dados que trazemos neste relatório.”
Acesse a “Global Mobile Consumer Survey 2018” na íntegra.
Novo perfil dos líderes de tecnologia
Com um papel mais estratégico, CIOs precisam olhar além da gestão de tecnologia para trazer inovação e disruptura em toda a estrutura da organização
Cada vez mais os CIOs desejam ir além do papel tradicional de operadores confiáveis, focando na transformação digital e no crescimento do negócio. É o que revela a “CIO Survey 2018/2019”, conduzida globalmente pela Deloitte com 1.437 líderes de tecnologia – 124 deles atuantes no Brasil. O estudo indica que os líderes de tecnologia tendem a assumir uma postura de cocriadores de negócios, com uma atuação ainda mais abrangente e integrada a outras áreas.
Setenta por cento dos entrevistados globais concordam que o CIO terá um papel decisivo no direcionamento digital nos próximos três anos. Tanto os executivos brasileiros quanto seus pares globais afirmaram que inteligência artificial, aprendizado de máquina (machine Learning) e Internet das Coisas (IoT) são tecnologias prioritárias nesse processo.
A pesquisa identificou ainda as habilidades esperadas desses líderes. Um dos pontos-chave é a habilidade de comunicar com outras áreas e instaurar uma fluência tecnológica, levando conceitos de TI de forma palatável para toda a organização. A criação de uma base de conhecimento compartilhada ajuda a disseminar os benefícios das inovações tecnológicas e a maximizar seus potenciais.
“Os líderes empresariais que entendem os conceitos e as vantagens fundamentais das soluções de tecnologia podem ter maior probabilidade de aprovar e obter recursos para conduzir essas iniciativas. Por outro lado, desenvolvedores, estrategistas, executivos de vendas e profissionais de marketing podem colaborar de forma mais eficaz em produtos e ferramentas do cliente”, avalia Fabio Pereira, sócio da área de Consultoria em Tecnologia e líder do CIO Program da Deloitte.
Ao formar as equipes, os CIOs procuram sobretudo colaboradores que demonstrem flexibilidade cognitiva, inteligência emocional, criatividade e poder de liderança. Por outro lado, os executivos entrevistados acreditam que as competências mais desafiadoras no recrutamento de novos profissionais de TI no Brasil nos próximos três anos serão analytics (67%), tecnologias emergentes (57%) e segurança cibernética (40%).
Acesse a pesquisa “CIO Survey 2019/2019” na íntegra.
“Indústrias da vida” no rumo da transformação digital
Com desafios estratégicos a superar, as empresas do setor ainda precisam acelerar o passo para alcançar todo o potencial das novas tecnologias e da inovação
Embora muitas organizações farmacêuticas e de biotecnologia empreendam iniciativas para aderir às tecnologias digitais, poucas delas realizam todas as ações necessárias para lidar com as mudanças trazidas pela transformação digital e aumentar a vantagem competitiva de seus negócios.
Essa é a análise da pesquisa global da Deloitte “Empresas Biofarmacêuticas e a Transformação Digital”, realizada em parceria com o MIT Sloan Management Review, e que aborda como as tecnologias digitais impactam a estratégia, a cultura e a liderança de organizações biofarmacêuticas. A maioria dos líderes de biofarma aponta que suas empresas estão no início da jornada da transformação digital (25%) ou ainda desenvolvendo as capacidades necessárias a esse processo (55%). Apesar de um amadurecimento incipiente, 58% dos entrevistados revelam que a abordagem digital é uma prioridade para os próximos anos – mesmo que muitos admitam que suas organizações possam mudar o foco a partir do que ouvem dos concorrentes.
Enquanto as empresas biofarmacêuticas exploram uma variedade de oportunidades digitais – desde engajar consumidores com aplicativos até melhorar as operações com inteligência artificial –, apenas 20% dos líderes disseram que suas organizações estão amadurecendo digitalmente. Entre as barreiras para esse avanço, destacam-se falta de visão clara, liderança inadequada e financiamento limitado.
“São diversas as oportunidades para as empresas biofarmacêuticas se transformarem digitalmente e com os diversos públicos de interesse – como pacientes, médicos, sistemas de saúde e pagadores – ou ainda apresentarem novos produtos ou uma série de outras melhorias”, avalia Enrico De Vettori sócio-líder da Deloitte para a indústria de Life Science & Health Care. “Mas isso requer uma estratégia sólida, cultura colaborativa e liderança de apoio. Também envolve riscos, que são inerentes a todas as rupturas digitais. As empresas da indústria farmacêutica precisam enfrentar bravamente os riscos, em vez de deixar que as preocupações atrasem seus esforços de transformação”, ressalta.
Acesse o estudo completo “Empresas Biofarmacêuticas e a Transformação Digital” .
Inovação é palavra-chave para líderes de Auditoria Interna
Pesquisa da Deloitte indica que prioridade é aumentar investimentos em elementos inovadores e implementar ainda mais o analytics avançado
Assim como ocorre em diversas áreas das organizações, a atividade de auditoria interna passa por profundas transformações, inclusive com a intensa adoção de analytics e de novas tecnologias. É o que mostra a pesquisa “Auditoria Interna no Brasil – Rumo à consolidação do impacto e da influência”. Um total de 1.156 empresas de 40 países – sendo 143 do Brasil – participaram da edição 2018 do estudo, que foi realizado pela Deloitte. No País, o levantamento foi conduzido em parceria com o Instituto de Auditores Internos (IIA) Brasil e apresentou os atuais desafios e direções para a área no Brasil e no mundo.
O levantamento mostrou que a maioria dos entrevistados brasileiros acredita que elementos inovadores, como data analytics, Robotic Process Automation e tecnologias cognitivas, se tornarão vitais no ramo e, por isso, eles pretendem aumentar investimentos em novas tecnologias. A implementação de analytics avançado foi citada como principal prioridade, cenário reforçado pelos dados da pesquisa, que apontam um crescimento de 16% (2016) para 32% (2018) no uso dessa ferramenta.
Os respondentes da pesquisa pontuaram também a necessidade de promover modelos alternativos de alocação de profissionais para facilitar o acesso a esses especialistas, como forma de complementar equipes ou ainda trazer habilidades em temas específicos. De acordo com 92% dos líderes de Auditoria Interna brasileiros, as limitações para a realização de atividades e os desafios para lidar com orçamentos são as maiores preocupações. Foram percebidos também como tópicos em constante aprimoramento a adoção da metodologia Auditoria Interna Ágil, o uso de robótica, as avaliações de riscos cibernéticos e os indicadores de desempenho.
“A maioria das organizações está otimizando seus processos de auditoria interna para acelerar a execução e o reporte dos trabalhos, a partir da priorização das atividades de maior valor agregado. Há uma perspectiva interessante de que essa nova abordagem resulte em ganhos efetivos de qualidade, produtividade e sinergia”, ressalta Paulo Vitale, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte que lidera a prática de Auditoria Interna no Brasil.
Acesse a edição 2018 da pesquisa “Auditoria Interna no Brasil 2018” na íntegra.