Compromisso com a mudança
CEO da Deloitte Brasil aborda a nova atitude do empresariado em direção ao crescimento.
Outubro-Dezembro | 2017Após três anos de declínio da atividade econômica e uma dinâmica de negócios marcada por doses de incerteza, o Brasil chegou ao final de 2017, enfim, com a perspectiva de um novo ciclo. Mais do que os índices recentes da economia, os sinais positivos vêm agora da visão da própria comunidade de negócios, captada pela nossa abrangente pesquisa “Agenda 2018”, cujos resultados estão expostos nesta edição de Mundo Corporativo.
Em meio à riqueza de dados desse levantamento, desperta atenção a maturidade dos líderes empresariais sobre os fatores que deverão impactar mais fortemente os seus negócios no próximo ano. A preocupação é marcadamente maior com os rumos da infraestrutura nacional e das reformas estruturais que o País historicamente anseia, do que com os resultados eleitorais possíveis. Evidentemente que a conjuntura política continuará sendo importante para a economia e os negócios, mas os tomadores de decisão estão se voltando, sobretudo, às pautas que incidem sobre o longo prazo e que permitem a maior competitividade das organizações.
Por outro lado, se não for completamente seguro afirmar que 2018 será um ano melhor do que os anteriores – ainda que tenhamos razões fortes para apostar nessa hipótese –, o empresariado tem em suas mãos o maior dos vetores de mudança de que o Brasil precisa neste momento: a atitude.
É pelo compromisso individual com a transformação, por parte de cada decisor e formador de opinião, que a retomada econômica se confirmará de fato. Nenhuma estatística governamental ou de pesquisa será mais poderosa para indicar a recuperação da economia do que a nossa própria postura em mover a roda do ciclo virtuoso dos investimentos e da geração de oportunidades.
Nós, da Deloitte, acreditamos que este é o momento para demonstrar, mais do que nunca, esse compromisso com a construção de um Brasil que volte a crescer – ainda mais forte do que antes, após tantos aprendizados custosos, mas necessários para as boas práticas nas relações entre o governo, a iniciativa privada e a sociedade. Precisamos incorporar e exigir a atitude de mudança também de nossos fornecedores, clientes, parceiros de negócios, funcionários, representantes de governo e agentes de mercado em geral.
O novo ano nos convida a esperar menos das estatísticas que estão por vir e a assumir o protagonismo que vai produzir os verdadeiros gráficos da retomada.
Boa leitura e bom ano!
Altair Rossato
CEO da Deloitte