Setores
| Edição 54
CNI e ABDIB: a expectativa dos setores para 2018
Presidentes da Confederação Nacional da Indústria e da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base comentam as perspectivas para os seus setores em 2018
Outubro-Dezembro | 2017
Outubro-Dezembro | 2017
Quais são as expetativas para a economia do Brasil e para o seu segmento em 2018?
“O controle da inflação, a queda dos juros e os avanços na agenda macroeconômica foram importantes para desafogar o orçamento das empresas e das famílias e estimular a volta do consumo. A expectativa da CNI é que esse ambiente favorável se mantenha no próximo ano. A recomposição do consumo e a melhora do ambiente econômico impulsionarão a atividade industrial em 2018. O setor (industrial) continuará convivendo com a elevada ociosidade, provocada pela queda da produção dos últimos anos. No entanto, avanços como a reforma da legislação trabalhista, a superação de incertezas políticas e a necessidade de as empresas se adequarem às novas tecnologias devem melhorar a disposição para o investimento em 2018, abrindo um novo ciclo de crescimento da indústria e da economia.”
“Neste ano, estimamos que os investimentos em infraestrutura vão somar 1,5% do PIB. É pouco. Somente para cobrir a depreciação, a necessidade de investimento no setor margeia 3% do PIB. Essa régua sobe para 5% do PIB se o objetivo for dotar o Brasil de uma infraestrutura capaz de aumentar a competitividade e a produtividade da economia, bem como promover sua inserção internacional. Há muita dificuldade, sobretudo, em projetos novos, os greenfields. Não há falta de recursos; há falta de bons projetos, sobretudo os greenfields, dado que o Estado não empreendeu os melhores esforços no planejamento de longo prazo, capaz de identificar de forma assertiva os projetos que precisam ser executados. É possível haver desempenho melhor do setor privado nos investimentos em infraestrutura. No entanto, o setor público precisa ampliar os aportes; em setores como transportes e saneamento básico, o Estado ainda detém participação grande.”