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O papel dos líderes na 4ª Revolução Industrial, a evolução da presença feminina em postos de liderança e as boas práticas da governança de terceiros são alguns dos destaques da edição.
Dezembro 2019 | Fevereiro 2020O papel dos líderes na 4ª Revolução Industrial
Pesquisa aponta os quatro perfis essenciais de executivos que vão conduzir as transformações de suas empresas nessa nova era.
Entender como as organizações se preparam e se adaptam para as mudanças trazidas pela Indústria 4.0 foi o objetivo da pesquisa global “Liderança na 4ª Revolução Industrial”. Conduzido pela Deloitte e Forbes Insight, o estudo contou com a participação de 2.042 executivos C-level de 19 países, representantes de empresas com receita de mais de R$ 1 bilhão por ano, incluindo 125 brasileiros.
A pesquisa aponta que os líderes que compreendem melhor os desafios atuais nas principais áreas de impacto (estratégia, tecnologia, talentos e sociedade) estão progredindo mais do que outros e foram agrupados em quatro personas – ou perfis de liderança – ligados a essas áreas: data-driven decisive, disruption driver, talent champion e social supers.
De acordo com o estudo, comparados aos seus pares mundiais, os executivos brasileiros se destacam ao demonstrar maior confiança sobre quais competências julgam ser necessárias para o futuro. Entretanto, têm maior dificuldade em atrair talentos com as tais competências (54%), enquanto, na média global, esse percentual é de 48%. A pesquisa indica ainda que as organizações brasileiras precisam se dedicar mais a questões relacionadas ao uso ético das tecnologias da Indústria 4.0 e na definição dos processos de tomadas de decisões.
Os líderes das organizações devem considerar ainda, segundo o estudo, a adoção de uma visão holística da Quarta Revolução Industrial e a forma como ela alterará os negócios. Os resultados da pesquisa revelam que o Brasil ainda tem um longo caminho para participar mais ativamente dessa revolução. Apenas 29% dos entrevistados do País acreditam que o atual sistema educacional preparará os indivíduos para atuar neste cenário e 28% apontaram que treinarão extensivamente seus funcionários atuais (na média mundial, esse dado sobe para 43%).
“A Quarta Revolução Industrial é recente. O Brasil tem avançado neste caminho, mas de maneira ainda tímida, centralizada em grandes corporações. Esse movimento precisa ser ampliado. Os desafios que se colocam hoje para o Brasil são imensos, principalmente no que tange às pessoas. Por isso, a pesquisa foca nos líderes para traçar o atual panorama da Indústria 4.0 no País”, constata Othon Almeida, Chief Operating Officer (COO) da Deloitte.
Acesse a edição da pesquisa “Liderança na 4ª Revolução Industrial” na íntegra.
Brasileiros estão dispostos a pagar mais por 5G
Pesquisa anual da Deloitte indica que a internet 5G é considerada muito importante para os usuários. Cerca de 69% dos participantes estão dispostos a pagar mais caro pela tecnologia e 45% consideram migrar para a rede assim que ela estiver disponível.
O uso do celular se consolidou no cotidiano dos usuários como uma tecnologia presente em diversas atividades, como trabalho, consumo e entretenimento. O estudo “Global Mobile Consumer Survey 2019”, produzido pela Deloitte, aponta que o smartphone se estabeleceu como um hub de controle de outros dispositivos conectados e destaca a grande frequência de sua utilização, em comparação ao desktop e notebook. O levantamento foi realizado em 22 países e conta com a participação de mais 40 mil pessoas de 18 a 55 anos, sendo 2 mil respondentes do Brasil.
Em relação aos hábitos dos consumidores, a pesquisa analisa que o celular é usado tanto em práticas corriqueiras, como assistir à TV e a filmes ou se locomover pela cidade, quanto em questões financeiras e de consumo. O uso de mídias tem destaque direto e os respondentes afirmam acessar o celular pelo menos uma vez por hora (95%).
As compras realizadas por apps apresentam grande adesão por oferecerem baixo custo de entrega e garantia de segurança. Nesse contexto, o consumo feito via smartphone representa a conquista de confiança dos usuários no dispositivo, para acesso a plataformas digitais de pagamento e e-commerce.
A segurança de dados ainda é um ponto de atenção para os usuários, embora o estudo evidencie que a maior parte deles aceita sempre (26%) ou quase (28%) os termos e condições de uso sem lê-los. Apenas 9% responderam sempre ler termos antes de efetivamente aceitá-los. Nesse cenário, 70% dos entrevistados se preocupam com o compartilhamento, armazenamento e uso de dados pessoais.
A pesquisa destaca também que há uma alta expectativa dos consumidores pela chegada do 5G. Apontada por dois terços dos respondentes, a internet 5G é considerada muito importante para os usuários. Cerca de 69% dos participantes estão dispostos a pagar mais caro pela tecnologia, caso ela seja dez vezes mais rápida do que a 4G, e 45% consideram migrar para a rede assim que ela estiver disponível.
“As novas tecnologias chegaram para proporcionar aos modelos de empresas tradicionais, por meio de plataformas e ecossistemas digitais, uma ‘nova ordem’ no processo de globalização. O 5G entra em cena para habilitar o uso dessas novas tecnologias que possibilitarão as transformações das empresas. Esta será a oportunidade para o Brasil se inserir no bloco dos países líderes da Economia Digital”, ressalta Márcia Ogawa, sócia-líder da Deloitte para a indústria de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações.
Acesse a pesquisa “Global Mobile Consumer Survey 2019” na íntegra.
Presença feminina em postos de liderança cresce, mas precisa acelerar
Apesar das iniciativas pela inclusão e diversidade nas empresas, o crescimento do número de mulheres em cargos de liderança está aquém do esperado. Empresas brasileiras ainda têm um longo caminho a percorrer nesse sentido.
Fortalecer a diversidade nos conselhos de administração ainda é um dos principais desafios de organizações em todo o mundo. Segundo a pesquisa “Women in the boardroom”, produzida pela Deloitte e que contou com a participação de 8 mil empresas de 49 países, as mulheres ocupam apenas 17% dos assentos nos conselhos das organizações ao redor do globo. Culturas anacrônicas no ambiente de trabalho, preconceitos inconscientes e falta de apoio à questão da diversidade são alguns dos fatores que ainda impedem a presença feminina nos cargos de liderança.
O relatório indica, ainda, iniciativas de diferentes países para aumentar essa diversidade e compartilha as estatísticas mais recentes sobre a presença de mulheres nas salas de reuniões de decisores, explorando os esforços de cada região e destacando as tendências políticas, sociais e legislativas por trás dos números.
Enquanto mulheres ocupam cerca de 4% dos cargos equivalentes a CEO em todo o mundo, funções de diretoria financeira são as colocações que demonstram mais diversidade (13%). Contudo, a pesquisa sinaliza que as organizações não devem se concentrar apenas em funções C-level, mas também em cargos de gerenciamento, pois é justamente nesse estágio em que as mulheres costumam estagnar no avanço de suas carreiras – é nessa fase que as empresas devem aplicar investimento em iniciativas para proporcionar mais progresso em liderança feminina.
“É comprovado que o aumento da participação feminina no mercado de trabalho pode influenciar, de forma positiva, significativamente o PIB global nos próximos anos. Em conclusão à pesquisa, destacamos uma conexão entre o aumento do número de mulheres servindo nos conselhos e o desejo de um tipo mais inclusivo de capitalismo”, afirma Patrícia Muricy, sócia da Deloitte que participa do All In, programa global de inclusão da Deloitte, que inclui uma iniciativa estruturada para fortalecer interna e externamente a participação das mulheres no ambiente corporativo.
Dos países destacados no levantamento, o Brasil está em 38º lugar no ranking. Para a avaliação brasileira, foram entrevistadas 131 empresas e há 90 mulheres em cargos de liderança no total, ou um índice de cerca de 9%. Na primeira edição do relatório, em 2014, o País apresentava em torno de 6% de representatividade feminina. Há projetos que estão em discussão no Governo e na ONU para aumentar esse percentual. Algumas empresas contam com iniciativas internas para promover a diversidade, como é o caso da própria Deloitte.
“Em 2017, a Deloitte Brasil assumiu o compromisso de seguir os Princípios de Empoderamento das Mulheres, cartilha da ONU Mulher, por meio de um Comitê dedicado à questão de equidade de gênero. Programas de treinamento, orientação, networking, implementação de programas de maternidade e paternidade, trabalho flexível e outras ações compõem nossas iniciativas. Acreditamos que todas as empresas devem permanecer comprometidas com a diversidade e incentivar a sociedade a criar atitudes positivas em relação ao desenvolvimento de carreiras femininas”, afirma Angela Castro, sócia e líder do Programa All In – Gender Parity da Deloitte.
Acesse a pesquisa “Women in the boardroom” integralmente.
Capital humano focado no aprendizado e na “empresa social”
Reinventar a capacidade de aprender e desenvolver a chamada “empresa social” foram conclusões-chave neste estudo, que é o maior do mundo voltado a líderes de RH e de negócios em geral.
Reinventar sua habilidade de aprender. Esse é o desafio que 86% dos entrevistados pela pesquisa da Deloitte “Tendências Globais de Capital Humano 2019” afirmaram precisar frente à evolução irrefreável da Inteligência Artificial (IA), das tecnologias cognitivas e da automação. Mais de 10 mil líderes de Recursos Humanos (RH) e de negócios em geral, de 119 países (194 dos quais, brasileiros), participaram desta edição do estudo, que destaca as 10 tendências de preocupação imediata para esse público.
A principal preocupação identificada, tanto no Brasil (96%) quanto globalmente (86%), foi a aprendizagem. No mundo, o segundo e o terceiro colocados são, respectivamente, a experiência do empregado e a liderança – que invertem suas posições quando falamos de Brasil. Entretanto, de forma geral, o estudo aponta que menos de 50% das empresas estão preparadas para lidar com as três principais tendências.
Em um cenário de transformação digital, 84% dos entrevistados dizem que precisam repensar sua experiência na força de trabalho, com o intuito de melhorar a produtividade. Sobre a necessidade de adaptação às mudanças, 80% dos participantes concordam que a diversificação é um caminho a ser trilhado.
O levantamento também reforça o conceito de “empresa social” – isto é, a organização cuja missão combina crescimento de receita e lucratividade com a necessidade de respeitar e apoiar sua comunidade e os públicos de interesse, o que inclui ouvir, investir e gerenciar ativamente as tendências que estão moldando o mundo hoje.
Para a sócia-líder da Consultoria em Gestão de Capital Humano da Deloitte, Roberta Yoshida, “liderar uma empresa social significa reconhecer o valor da geração de lucros e retornos, mas, ao mesmo tempo, dar relevância à satisfação dos trabalhadores, dos clientes e das comunidades em que está inserida.”
Acesse o estudo “Tendências Globais de Capital Humano 2019” na íntegra.
Governança de terceiros requer mais atenção e investimentos
Relação com fornecedores e parceiros é pilar das boas práticas corporativas, mas ainda há um longo caminho para que as empresas enderecem melhor os riscos envolvidos nessa área.
A quarta edição da pesquisa global da Deloitte “Agora, todos juntos – Governança de terceiros e gestão de riscos” contou com a participação de 1.055 respondentes de 19 países – entre eles, o Brasil –, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019. Ela foi dividida em seis temas: ambiente econômico e operacional, investimento, liderança, modelo operacional, tecnologia e subcontratantes, e riscos de afiliados.
De acordo com a pesquisa, apesar de 83% das organizações afirmarem terem passado por um incidente com terceiros nos últimos três anos, apenas 1% afirma que aborda todas as questões importantes da gestão de riscos de terceiros e outros 20% acreditam abordar a maioria dos elementos necessários.
As empresas entrevistadas reconhecem investir pouco em gestão de riscos de terceiros. Menos de três em cada dez respondentes acreditam que seu gasto de capital corresponde à quantidade ideal (ou acima da ideal), número que se repete em relação ao investimento em profissionais de governança de terceiros e outros custos operacionais.
O estudo aponta ainda que muitas organizações admitem pouco engajamento e coordenação internos, mas querem melhorar. Duas em cada três colocam a melhoria desses itens como ação prioritária em gestão de riscos de terceiros. Os líderes também estão em busca de inovação, seja adotando tecnologias emergentes ou modelos operacionais mais sustentáveis.
Na opinião de Camila Araújo, sócia da área de Risk Advisory da Deloitte, “uma gestão de riscos de terceiros bem definida e desenvolvida é fundamental para o sucesso geral da organização. A liderança sênior pode desempenhar um papel crucial na criação de uma governança de terceiros responsável, preparada para mitigar riscos, aumentar o compliance e evitar danos à reputação e erros normativos”.
Acesse a pesquisa “Agora, todos juntos – Governança de terceiros e gestão de riscos” na íntegra.
Inovação acelera crescimento das PMEs
Pesquisa de Deloitte e Exame confirma que o investimento em novos produtos e serviços permanece como um pilar importante para a expansão dos negócios de pequenas e médias empresas.
Empresas que dedicam esforços em projetos inovadores para desenvolver novas soluções e oportunidades, além de ganhar em eficiência, vivenciam um crescimento mais acentuado. Este é um dos destaques da 14ª edição da pesquisa da Deloitte “As PMEs que Mais Crescem no Brasil”, realizada em parceria com a revista Exame, que identifica as 100 empresas de pequeno e médio portes − na faixa de R$ 10 milhões a R$ 800 milhões de faturamento – que mais cresceram no período de 2016 a 2018.
O levantamento contou com a participação de 248 empresas que atuam no País, das quais 100 se classificaram para o ranking de maior crescimento, com taxa mínima de expansão anual de 16,33% e taxa mediana de crescimento anual de 31,90%. Da amostra das 100 PMEs de maior crescimento, 56% afirmaram considerar a elaboração de novos produtos e serviços como uma das formas mais efetivas de progresso no ranking. A eficácia da força de vendas (55%) e a expansão para novos mercados geográficos (50%) são os itens que aparecem na sequência, entre os mais apontados.
Com as expectativas altas em um futuro inovador, as empresas do ranking entendem que a ampliação da infraestrutura tecnológica é um fator significativo para o aprimoramento dos negócios. Setenta e oito por cento dos entrevistados declararam investir constantemente em tecnologia e soluções disruptivas, enquanto 75% fomentam uma cultura aberta em relação ao tema, em busca de novas soluções para problemas encontrados na estrutura empresarial.
O estudo destacou também que 50% das organizações entrevistadas consideram a melhoria da experiência e satisfação do cliente um verdadeiro diferencial competitivo – e essa questão foi fundamental para que os participantes superassem os desafios do ambiente de negócios nos últimos três anos. O investimento em talentos é outro ponto importante para as empresas participantes da pesquisa – 75% dos respondentes afirmam que investir em salários, benefícios e treinamento de pessoas é uma prioridade para os próximos três anos.
“Estes dados reforçam a importância da inovação e da expansão de novas soluções das PMEs. Nosso compromisso com essas empresas, que são cada vez mais relevantes para o ambiente de negócios brasileiro, é mostrar os caminhos para um crescimento sustentável, de forma a aumentar sua competitividade e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País”, declara Ronaldo Fragoso, líder do Centro de Excelência Regulatória e Governança Corporativa da Deloitte.
Acesse a edição da pesquisa “As PMEs que Mais Crescem no Brasil” na íntegra.