Respostas aos impactos e recuperação da crise
Pesquisa da Deloitte com 662 empresas do País revelou impactos e transformações inéditas desde o início da pandemia, com ajustes significativos na produção, nos investimentos e nos custos – e uma previsão de recuperação entre 6 e 18 meses.
Julho-Setembro | 2020A pesquisa “Respostas à crise da Covid-19”, realizada pela Deloitte, entrevistou 1.007 executivos de 662 empresas de 32 segmentos de atividades para entender como as organizações enxergam as perspectivas de retomada de negócios e o que foi prioridade na primeira fase da pandemia, para se posicionar no mercado.
O levantamento apontou um cenário de impactos inéditos nas organizações, mas também uma capacidade de reação rápida pela maioria delas – com aceleração de transformações em diversas frentes, dentro do intervalo que compreende cerca de 100 dias após a decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de 11 de março. A pesquisa identificou as ações de respostas das empresas a partir de seis dimensões: governança da crise; gestão de pessoas; impactos financeiros; cadeia de suprimentos e operações; clientes e receitas; e tecnologia e meios digitais.
A velocidade da evolução
A seguir, estão destacados alguns resultados da pesquisa que exemplificam a maneira como as empresas cujos executivos foram entrevistados tiveram de reagir aos impactos que a pandemia trouxe aos seus negócios. A evolução brusca das práticas nesse curto período indicou a ocorrência de transformações que tenderiam a acontecer somente no médio ou longo prazo. Por outro lado, sinalizou a importância de um plano consistente de ajustes para que essas mudanças se tornem sustentáveis.
Três fases para se posicionar
A partir das respostas das empresas a essa pesquisa e da metodologia de abordagem adotada para apoiar organizações a enfrentar e se posicionar diante da crise causada pela Covid-19, a Deloitte considera três grandes etapas nessa jornada, do ponto de vista dos impactos e do nível de maturidade de gestão:
- “Respostas” para garantir a continuidade dos negócios (100 primeiros dias da crise);
- “Recuperação”, com foco em áreas prioritárias para trilhar a retomada efetiva dos negócios (2º semestre de 2020);
- “Sustentação”, quando as organizações precisarão se adaptar a um “novo normal” do mercado (a partir do início de 2021).
A parcela mais otimista dos entrevistados (17%) indicou pela pesquisa que a recuperação dos seus negócios poderia acontecer ou já estava acontecendo no final do próprio 1º semestre recém-encerrado. Porém, 74% dos entrevistados indicaram que essa recuperação só deveria ocorrer entre 6 e 18 meses após o final do período de confinamento.
A expectativa das organizações varia bastante em função do setor de atividade. Segmentos como TI e telecom, agronegócio, alimentos e bebidas, extração mineral, serviços de educação, serviços às empresas, metalurgia e química, e higiene e limpeza apostaram em uma retomada mais rápida; enquanto comércio, transporte e logística, turismo, hotelaria e lazer, veículos e autopeças, associações e ONGs, bens de consumo, construção, saúde e farmacêutica esperavam uma retomada mais lenta, em até 18 meses.
Acesse os resultados completos da pesquisa “Respostas à crise da Covid-19”.
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