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Transformação estratégica de custos, novas ferramentas para apoiar os CFOs e governança das empresas estatais estão entre os destaques desta edição.
Setembro-Novembro | 2018Gestão de custos como diferencial competitivo
O conceito de “transformação estratégica de custos” ganha destaque para além dos momentos de crise e passa a ser um recurso fundamental no planejamento dos negócios.
Com as tecnologias disruptivas cada vez mais presentes, as empresas se deparam com a necessidade de criar novas estratégias para acompanhar as inovações e tornar os negócios mais rentáveis. A transformação estratégica de custos aparece nesse contexto como uma ferramenta essencial para manter o bom funcionamento das organizações e alavancar novas oportunidades.
A pesquisa “Transformação de Custos na Era da Disruptura Digital” realizada pela Deloitte, analisa as tendências da redução estratégica de custos e a forma como elas são aplicadas pelas empresas para responder às exigências do mercado. O levantamento contou com a participação de cerca de 1.000 executivos C-level de quatro grandes regiões – EUA, América Latina, Europa e Ásia-Pacífico.
O estudo aponta que a transformação de custos é um instrumento importante para prosperar em tempos de incertezas, independentemente de as empresas apresentarem progressão ou diminuição de suas receitas. Segundo o estudo, 86% dos entrevistados globais estimam que suas organizações devem aplicar iniciativas de redução de custos nos próximos dois anos. As empresas refletem que as principais motivações para essa prática estão atreladas ao crescimento, pois buscam tanto a vantagem competitiva quanto a proteção de instabilidades em relação aos custos.
Apesar do alto índice de adesão à transformação de custos refletido pelo levantamento, 63% das empresas não conseguem atingir os objetivos estabelecidos – um indício de que elas devem considerar a adoção de tecnologias exponenciais disruptivas como um fator decisivo para alavancar a eficiência e a eficácia de suas organizações, viabilizar novos modelos de negócios e melhorar as margens de lucro de forma sistêmica.
Acesse o estudo “Transformação de Custos na Era da Disruptura Digital” na íntegra.
Saúde no foco de empresas de bens de consumo
Com o aumento da expectativa de vida da população mundial, organizações do setor inovam em produtos e implementam programas de qualidade de vida.
A preocupação crescente da população com a origem e a qualidade dos produtos, bem como com o aumento da ocorrência de doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, incentivaram as empresas do setor de bens de consumo a desenvolverem iniciativas em favor da saúde e do bem-estar de seus funcionários e também da comunidade em que estão inseridas.
O estudo “Health & Wellness Progress Report”, conduzido pela Deloitte em parceria com o Consumer Goods Forum (CGF), aponta que as organizações do setor estão mais atentas a essas questões e têm realizado iniciativas para fazer com que tanto funcionários quanto clientes assumam um modo de vida mais saudável. A pesquisa ouviu 83 empresas desse segmento.
No levantamento, 82% dos respondentes afirmam que veem avanço em relação à saúde e ao bem-estar em suas organizações – o índice foi de 70% na edição de 2016. Oitenta e cinco por cento das organizações de bens de consumo declararam ter firmado parcerias com lideranças de comunidades para viabilizar soluções em conjunto.
A pesquisa identificou também que as empresas vêm reformulando seus produtos para atender a critérios mais saudáveis, o que inclui a diminuição de taxas de açúcar, sódio, gordura saturada e gordura trans. Um grupo de 85% das empresas participantes se empenha em implementar programas de qualidade de vida voltados aos funcionários e à comunidade, com o objetivo de disseminar hábitos como prevenção contra a diabetes, cuidados com a higiene e realização de atividades físicas.
Acesse o estudo “Health & Wellness Progress Report” na íntegra.
Estatais atentas à Lei n° 13.303/16
Treinamento e maturidade de controles internos são os maiores desafios dessas instituições para se adequarem à regulamentação.
Promulgada em 2016, a Lei nº 13.303/16 propõe o fortalecimento da governança corporativa e dos mecanismos de controle e transparência para as empresas estatais brasileiras. Dois anos depois, essas organizações estão atentas à norma, mas enfrentam desafios para atender às exigências da legislação.
A pesquisa “Governança em Empresas Estatais – Desafios e estratégias para adequação aos requerimentos da Lei nº 13.303”, realizada pela Deloitte em parceria com o Instituto dos Auditores Internos (IIA) do Brasil, examina como as empresas estatais e sociedades de economia mista estão se adequando aos novos modelos que a Lei define e quais são seus principais desafios para atender aos novos requerimentos de governança.
Das empresas entrevistadas, 80% afirmam que têm um plano estruturado e formalizado para colocar as novas demandas em prática. Quarenta por cento dos respondentes declaram que as mudanças foram aplicadas nos níveis executivos, com o objetivo de ajustar a estrutura organizacional com base na Lei – ou seja, as novas regras para a nomeação de membros de comitês, diretorias e conselhos.
Treinamento dos profissionais envolvidos e pouca maturidade em relação à governança, riscos e controles foram os principais entraves identificados para adequação à nova regulamentação.
Acesse o estudo “Governança em Empresas Estatais – Desafios e estratégias para adequação aos requerimentos da Lei nº 13.303” na íntegra.
CFOs focam processos e receita
Eficiência operacional, estratégia, compliance e novas tecnologias estão também no topo da agenda dos líderes de finanças, segundo pesquisa aplicada no Brasil.
A “CFO Survey 2018”, pesquisa realizada pela Deloitte, no mês de junho, com mais de 100 executivos de finanças atuantes no Brasil, identificou que a eficiência nos processos de finanças, estratégia corporativa e compliance tributário são os temas de maior interesse dos CFOs no momento.
Como prioridade emergente para os próximos 12 meses seguintes à aplicação da pesquisa, 74% dos executivos indicaram o crescimento da receita, enquanto o corte de custos foi lembrado como prioridade futura para 26% dos entrevistados.
Segundo o levantamento, três em cada quatro CFOs dizem estar mais otimistas com o desempenho da empresa no próximo ano, enquanto quase dois terços acreditam que a economia brasileira também estará melhor no mesmo período.
Já em relação às novas tecnologias, computação em nuvem e ferramentas de visualização já aparecem ampla ou parcialmente adotadas por 77% e 49% das organizações, respectivamente. Robótica e Analytics avançado, por sua vez, surgem fortes no radar dos executivos de finanças: 32% e 26% dos entrevistados, respectivamente, afirmaram estar avaliando a utilização dessas ferramentas.
Acesse a pesquisa “CFO Survey 2018”.