Confiança no horizonte
“A pesquisa ’Agenda 2017’, que realizamos junto a uma base altamente representativa de empresas de todo o País, nos mostra que o empresariado está readquirindo confiança no futuro.”
Outubro-Dezembro | 2016Os índices econômicos do Brasil nos últimos três anos revelaram sintomas de uma crise que afetou o desempenho e, muitas vezes, a própria sobrevivência de boa parte das empresas. No entanto, o fator mais nocivo ao ambiente de negócios não se expressou em números, mas de forma subjetiva: a confiança dos tomadores de decisão.
Afinal, não faltaram razões para que a confiança fosse abalada: a instabilidade nos campos econômico, político, institucional e regulatório; a insegurança das instituições de crédito em um contexto de inadimplência crescente, gerando restrições no acesso ao capital; as tantas turbulências no exterior; e até as inovações tecnológicas que, ao mesmo tempo que são salutares, também trazem insegurança pelo seu caráter disruptivo.
Felizmente, porém, já temos razão para enxergar luz no fim do túnel. A pesquisa “Agenda 2017”, que realizamos com uma base altamente representativa de empresas de todo o País e apresentada nesta edição, nos mostra que o empresariado está readquirindo confiança no futuro. Essa mudança de postura costuma representar o primeiro degrau de uma escalada pós-crise, que poderá nos levar a uma retomada gradual da economia, a uma recuperação consistente e, finalmente, ao retorno do crescimento.